quarta-feira, 9 de março de 2011

Um amor incerto.

Você pode me ver? Pode me sentir? Pode me ouvir? Sim, mas é claro que sim. Só não me vê da mesma maneira que te vejo, não me sente com a mesma intensidade que te sinto e não ouve... não consegue ouvir o que meus olhos gritam desesperadamente quando te olho. Tão perto e tão inalcansável, pelo menos para mim você se faz assim. Um muro invisível que me diz: não se aproxime, isso poderá te ferir e me ferir.
 Penso em me aproximar e falar com você, pegar em sua mão e te dizer o que sempre sufoquei e está crescendo cada vez mais dentro de mim, deste vellho coração que só têm 18 anos e nada mais. Ás vezes só te olho de longe, imaginando ter algum vestígio de mim em seus pensamentos, em seu coração trancado para a vida e aberto para ela. Ela, lá longe roubando seu amor de mim. Encantadora como a vida e linda como uma flor, delicada, mas linda. E eu, uma sombra parada enfrente ao seu muro, uma lembrança que te assombra e que, ás vezes faz falta. Eu sei, porque dias destes você me disse.
 Então fico assim, com uma certeza incerta que fui algo para você e, que hoje nos perdemos. E seguimos, sendo amigas mas, nos evitando. Evitando o contato, o calor da pele, o cheiro porque basta nos esbarrarmos que ficamos assim, cegas uma pela outra.

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