quinta-feira, 12 de maio de 2011

Mas talvez, só talvez.

Oh, Deus! Diga-me que mal lhe tenho feito.

  Queria compreender essa aflição em possuir o outro. Mas também, gostaria de saciar essa sede só por um ou outro momento. É impossível, sim, eu sei! É impossível quando eu saio pelos becos desta cidade suja, embora ligeiramente rica em busca de algo ou alguém, no entanto, algo e alguém tem nome, sobrenome, forma e coração, viro a tal esquina e você não está lá. Talvez nunca esteve, talvez nunca tenha voltado áquele cruzamento de ruas, que por acaso, ou coincidência, ou força do destino, ou um poder maior, cruzou também nossas vidas, nossos olhares, nossos planos de vida. Mas, talvez, só talvez você já tenha partido exausta de esperar por mim.
  Três passos para frente e cinco para trás. Esse nosso fim nunca tem fim. Eu fui enquanto você esperava, voltei e você já não estava. Não pra mim, não para nós. Eu nunca te contei, nunca avisei mas fugi porque não suportava ser escrava de você, do sentimento que ficou cruzado no cruzamento em que nos cruzamos. Você atravessou a rua, eu fiquei, continuei pela mesma calçada.

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